sábado, 4 de setembro de 2010

MADRUGADA NA ESTÂNCIA

Tímido o sol começa lerdo
A espiar pela coxilha, salpicando
De sombras o pasto de tantos formigueiros
O céu, já de um azul claro
Ainda acolhe o último luzeiro

A dança da cuia, de mão em mão,
Num centenário ritual ameniza e entrelaça
A rudeza do peão
A grandeza da raça

Quebrando o lusco-fusco,
Uma brasa risca o ar,
Com certa frequência,
E de boca em boca,
Vai prendendo palheiros grossos
Que se apagam constantemente

O astro-rei, lá fora,
Se levanta mais um pouco
Lá dentro engrossa o respingar
De gordura sobre as brasas.

Ernani Amaro de OLiveira (Uruguaina)

Um comentário:

  1. Este vivente, Zé, bodegueiro, pede pro
    Vanderlei, irmão do Sadi Machado, fazer uma
    apreciação sobre os versos abaixo escritos
    pelo xiru xucro, "das venta rasgada", que é
    o Paulo Pereira de Melo, o qual faz parte da
    CAPOSM ( Casa do Poeta de Santa Maria):

    Gosto de baile gaúcho
    Tocado a gaita e violão
    De comer um bom churrasco
    E de tomar chimarrão

    Sou gaúcho do Rio Grande
    Deste estado do Brasil
    E do CTG Farroupilha
    Que para mim é nota mil

    Propaganda do Dr Jorge Pozobon, PSDB
    Eu quero ver
    Nessa eleição
    Todos votando
    No JOrge Pozobon

    Propaganda que o escritor Moacir Scliar
    criou para alguns, é ficção:
    - Para os políticos dou uma banana, eu só
    voto na Santana
    - Vá ver se estou na esquina e depois vote
    no Lerina
    - Corrupto comigo não se mete, porque eu
    voto na Suzete

    Resumo de uma pesquisa elaborada
    pelo payador de lombo duro, que é também
    poeta, declamador e escritor, cria da
    capital, chamado Aristides Viana Gonçalves.
    Palavras sobre o gaúcho, o cavalo e o
    "cusco":
    Todo gaúcho que teve, e que continua
    tendo, a sua atividade ligada ao meio rural
    rio-grandense, tem pelo cavalo e pelo cachorro uma afinidade muito grande.
    Tendo o cavalo como meio de transpote
    porque foi montado a cavalo que o gaúcho foi
    para a guerra e guarneceu as nossas fronteiras.
    Foi montado no seu cavalo que o gaúcho
    sempre ia ao bolicho tomar um "trago" e fazer
    compras para manutenção da casa e da família.
    Montado no "pingo", o gaúcho foi aos
    "bailes de rancho", para as bailantas no
    chinaredo e também visitar a prenda amada.
    O gaúcho trompou delegado, fugiu da
    polícia, mas levando, às vezes, uma china na
    garupa.
    Toda a obra que fala em nossos cos
    tumes e nas nossas tradições, há de falar
    num gaúcho tomando chimarrão ao lado de uma
    china, num bagual comendo milho e num "cusco"
    amigo deitado perto.

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