TROPEIRO DE ANTANHO
Clodinei Silveira Machado
Fui tropeiro do Rio Grande no grito de eira eira
Centauro de profissão e conhecedor da fronteira
Sofrenando um baio ruano nesta terra missioneira
Sempre montei o pernoite na pastagem de água boa
Ouvindo a melodia que à noite a coruja entoa
Assustando a gadaria e a perdizinha que voa
A noite vem no silêncio pois o sol tá descansando
E até onde a vista alcança as estrelas tão brilhando
Parecem até crianças ou anjos que estão brincando
Refrão:
(Nessas tropeadas antigas fui ponteiro e fui vigia
Nesse ofício de primeira no lombo da montaria
Só enchi minha algibeira de verso e de poesia)
Eu pego minha guitarra e a alma logo se amansa
E serve de inspiração porque me aviva a lembrança
Que vejo na imensidão Don Sepé com sua lança
Antes de clarear o dia eu gritava um sapucay
Feito uma rês desgarrada que dentro do peito sai
E vai pegando a estrada e junto à tropa se vai
Hoje nos tempos modernos nos versos ficam a raça
Na estrada da evolução a tropa agora não passa
Só dentro de um caminhão enchendo o céu de fumaça
Refrão:
quinta-feira, 17 de março de 2011
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Remove a poesia do blogger, pq o artigo do regulamento é expresso que as obras depois de inscritas não podem ser divulgadas...
ResponderExcluirFuiiiiiiii
Errado! Inclusive já estão divulgando nas rádios em Santo Ângelo!!!
ResponderExcluirFuiiiii... também!!!